Filho de Laura e David, Dalvimar Gallo nasceu em 1968, em Colatina, cidade do interior do Espírito Santo. Criado numa família simples, de camponeses que viviam a dureza da lida da roça, ele foi consagrado a Nossa Senhora Aparecida quando ainda estava no ventre e é amigo dos milagres, que ao longo dos anos têm acompanhado sua história e confirmado seu ministério.
Desde quando ainda era bem pequeno, gostava de ouvir o avô tocar acordeom. “A gente ia para a roça e ficava ouvindo ele tocar. Depois de tanto trabalho, a diversão era aquilo”, diz Dalvimar. Desse tempo, vem o gosto pela música e o interesse por instrumentos musicais. Aos 9 anos de idade, ele viu um primo tentando aprender violão e, observando os exercícios que o rapaz tentava fazer, percebeu que conseguia entender e tinha certeza de que conseguiria executar o exercício. Certo dia, ele pegou o violão escondido e conseguiu. Ao perceber que tinha dom para tocar, pediu ao pai um violão. Depois de resistir um pouco, seu David comprou um violão simples. Foi o bastante. Desde então o garoto saiu tocando e não parou mais.
Em 1997, lançou o primeiro disco com a banda Dallas Company, com a qual alcançou bastante sucesso, fez grandes viagens, ganhou dinheiro e fama. A última faixa daquele CD é uma música cristã, versão do cantor e compositor Marcos Pavan. Por causa disso, o disco passou por várias pessoas, o CD acabou chegando nas mãos do cantor Dunga (Canção Nova). “Como estava para acontecer o primeiro Rodeio com Cristo, na Canção Nova, alguém passou o meu telefone e ele começou a me ligar, dizendo para eu largar tudo e ir para Cachoeira Paulista viver só de música católica. Eu achei um absurdo o que ele estava falando e bati o telefone na cara dele: viver de música católica?”, lembra Dalvimar.
Apesar de aparentemente absurda, a proposta de Dunga agiu como uma semente, germinando o terreno, transformando o coração e preparando para a vida nova que ia brotar. Aquelas palavras ficaram incomodando e levando-o a descobrir as coisas que precisava mudar.
No final de 98, quando a banda estava no auge sucesso, prestes a lançar o segundo CD, Dalvimar recebeu um forte chamado de Deus: “eu e minha esposa, Wanderléia, estávamos rezando muito por tudo o que estava acontecendo e aí veio a passagem de Colossenses 4, 17: ‘Veja bem o ministério que recebeste e usa-o todo em nome do Senhor’. Ficamos muito felizes, demos pulos de alegria pela casa e a partir daquele dia largamos tudo”, diz Dalvimar.
Em 1999, Dalvimar Gallo e Marcos Pavan tiveram a idéia de fazer um CD. Quando o disco estava pronto, aconteceu da cantora Adriana estar em Colatina. “Ela foi na minha casa, ouviu as músicas e pediu para mostrar o CD para Eraldo Mattos, da gravadora Codimuc. Então ela levou o CD e fez Eraldo sentar junto com ela para ouvir. Ao terminar, ele ligou na minha casa. Eu e o Pavan, na extensão, ficamos ouvindo. Eraldo falou algumas palavras sobre um novo tempo de Deus”, relembra o cantor. Isso aconteceu em janeiro daquele ano. Em fevereiro, Dalvimar já estava morando em Cachoeira Paulista (SP). A partir daí começou o ministério de música Anjos de Resgate.
Ao longo desse tempo, a banda Anjos de Resgate tem percorrido todo o Brasil, realizando uma média de 120 shows por ano. O lançou cinco CD’s e um DVD, já vendeu mais de meio milhão de cópias e conquistou 5 discos de ouro, 1 disco de platina e o primeiro DVD de ouro da história da música católica.Em 2007, a banda gravou uma das faixas e foi responsável pela produção musical do CD Bendito o que vem em nome do Senhor, álbum oficial da visita do Papa Bento XVI ao Brasil. O grupo também tocou durante o encontro do Papa com a juventude, em maio de 2007, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.“O Anjos de Resgate, desde que começou até agora, tem sido maravilhoso para mim, é fantástico fazer parte dessa missão de amor. Quantos não foram libertados, curados e alimentados pela palavra? Saber que faço parte de uma coisa grandiosa, que leva as pessoas para o céu não tem preço. O Anjos de Resgate é uma missão e agora, com esse trabalho solo, sinto-me enviado pelo Anjos para uma outra missão, porque Deus sempre multiplica os talentos. Novos frutos vão surgir e eu fico grato a Deus por me fazer um novo chamado, para que as pessoas possam usufruir de mim de outra forma”, diz Dalvimar.